A violência doméstica
abrange todos os tipos de violência, física, psicológica, social, institucional
e econômica , e se tornou um problema de saúde pública mundial. No Brasil,
os casos tem aumentado assustadoramente.
Para dar um basta e
encorajar as mulheres a romper o
silêncio, nesse último sábado (24), em todo Brasil, o Projeto
Raabe realizou uma caminhada contra a violência doméstica , em alusão ao Dia Internacional de
Enfrentamento à Violência contra a Mulher Brasília (Dia 25).
O Projeto Raabe – Rompendo o silêncio oferece apoio às mulheres vítimas de violência, e esta foi a 2ª edição do evento que reuni milhares de pessoas que apóiam
a causa.
Em Brasília a caminhada foi em Ceilândia, iniciou na CNM 02, S/N e deu a volta pela
feira central da cidade. Em seguida, foi ministrada uma palestra sobre o Ciclo
de Violência, pela Secretária da Mulher do DF – Olgamir Amancio.
Leny Garla,
coordenadora do Projeto Raabe – Brasília/DF , conta que esse movimento é uma forma de encorajar as vítimas a denunciar qualquer tipo de violência .“Por
falta de orientação mulheres vítimas de violência sofrem caladas, piorando
assim a situação com o passar do tempo, e a ferida que antes era pequena , vai
só aumentando. Estamos nesse movimento para apoiá-las e encorajá-las a romperem
o silêncio”, conta ela.
Resultados são alcançados por muitas mulheres, que
aproveitaram o evento para compartilhar suas histórias. Como Josefa Alexandre,
59 anos, ela conta por 19 anos sofreu violência psicológica do
seu ex-marido. “ Tinha vontade de morrer,
não denunciava, pois tinha medo de passar fome ou de não ter onde morar, mas
com passar do tempo tomei coragem denunciei, hoje não vivo mais com ele, mas
posso garantir que sou feliz, através
dessa caminhada quero aconselhar outras mulheres a fazer o mesmo, pois ninguém
nasceu para sofrer”, declara feliz.
A psicóloga Elza atendeu
várias mulheres que compareceram até o local em busca de orientação. “Atendemos vítima, que quando criança
sofreram violência sexual e muitas até hoje trazem consigo esse trauma.
Orientamos que ela que busque tratamento
psicológico, para que de fato venha se livrar desse passado para viver
livre, marcas que jamais irão esquecer se não tiverem esse
tratamento”, orienta a psicóloga.
Socorro Araújo
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