segunda-feira, novembro 26, 2012

Caminhada contra Violência Doméstica chega na sua 2ª Edição



 A violência doméstica abrange todos os tipos de violência, física, psicológica, social, institucional e econômica , e se tornou um problema de saúde pública mundial.  No Brasil,  os casos tem aumentado assustadoramente.

Para dar um basta e encorajar as mulheres  a romper o silêncio,  nesse  último sábado (24), em todo Brasil, o Projeto Raabe  realizou  uma caminhada contra a violência  doméstica , em alusão ao Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher Brasília  (Dia 25).  O Projeto Raabe – Rompendo o silêncio  oferece apoio às mulheres vítimas de violência,  e esta foi a 2ª edição do  evento que reuni milhares de pessoas que apóiam a causa.

Em Brasília  a caminhada foi em Ceilândia,  iniciou na CNM 02, S/N e deu a volta pela feira central da cidade. Em seguida, foi ministrada uma palestra sobre o Ciclo de Violência, pela Secretária da Mulher do DF – Olgamir Amancio.
Leny Garla, coordenadora  do Projeto Raabe  – Brasília/DF , conta que esse movimento  é uma forma de encorajar as vítimas  a denunciar qualquer tipo de violência .“Por falta de orientação mulheres vítimas de violência sofrem caladas, piorando assim a situação com o passar do tempo, e a ferida que antes era pequena , vai só aumentando. Estamos nesse movimento para apoiá-las e encorajá-las a romperem o silêncio”, conta ela.

Resultados  são alcançados por muitas mulheres, que aproveitaram o evento para compartilhar suas histórias. Como Josefa Alexandre, 59  anos, ela conta  por 19 anos sofreu violência psicológica do seu ex-marido. “ Tinha vontade de morrer, não denunciava, pois tinha medo de passar fome ou de não ter onde morar, mas com passar do tempo tomei coragem denunciei, hoje não vivo mais com ele, mas posso garantir que sou feliz,  através dessa caminhada quero aconselhar outras mulheres a fazer o mesmo, pois ninguém nasceu para sofrer”, declara feliz.

A psicóloga Elza atendeu várias mulheres que compareceram até o local em busca de orientação.  “Atendemos vítima, que quando criança sofreram violência sexual e muitas até hoje trazem consigo esse trauma. Orientamos que ela  que busque tratamento psicológico, para que de fato venha se livrar desse passado para viver livre,  marcas que  jamais irão esquecer se não tiverem esse tratamento”, orienta a psicóloga.



Socorro Araújo







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