Uma mulher nas artes marciais


Não é novidade que a mulher está dominando o mundo. Ela se destaca nas empresas, nas diretorias, gerencias e chefias. No esporte não é diferente. Daniele Pinheiro, 33 anos é campeã em artes marciais. Ela mostra que é uma mulher que tem o olhar diferenciado.
Em entrevista ao nosso blog, Daniele fala de sua paixão pelo Katatê. O esporte que pratica há oito anos com várias vitórias conquistadas dentre elas: o Campeonato Brasileiro de Karatê Interestilos.

Daniele, uma mulher com olhar diferenciado

A esportista moradora de Brasília, casada e campeã declara que o incentivo pelo esporte veio do irmão que hoje é seu professor e que seus pais no inicio não aceitavam a idéia: “Aos sete anos de idade, sempre acompanhava meu irmão junto com meu pai nos eventos e campeonatos os quais ele participava. Eu sempre quis treinar. Na época também minha mãe era contra, mas com passar do tempo insisti nesse sonho e hoje estou contando os dias para ser faixa preta”, contou Daniele entusiasmada.

“O Karatê provém das técnicas de defesa sem armas, ele não podem ser confundido com um mero esporte”. Daniele diz ainda que o esporte traz grandes benefícios dentre eles: autocontrole, equilíbrio interior, disciplina e respeito. “Além dos benefícios físicos, trata-se de um caminho para a saúde perfeita, correção de postura, respiração, coordena o bem-estar físico, emocional e mental do praticante. É uma filosofia de vida, quem começa e não pára nunca”, explicou.
A mulher sempre sofreu discriminação em tudo que fazia. Hoje estamos conquistando a cada dia o nosso espaço. Como mulher é muito gratificante ser praticante deste esporte, diz a Karateca.

Daniele treina jovens do projeto Força Jovem Brasil e fala que já ver resultados a cada treino. “Percebo como estão progredindo, isso é muito gratificante!”, falou com alegria Daniele, que já tem planos para o próximo ano. “O ano de 2012 promete novidades, pois iremos participar de competições e eventos importantes como: a 1ª troca de faixas no mês de março, o Campeonato Zonal Centro-Oeste de Karatê Interestilos em Abril, na cidade de Goiânia, dentre outros ao longo do ano”.


Quem quiser participar dos treinos partir de 13 anos de idade, adolescentes, adultos e idosos. Os treinos acontecem aos sábados no espaço do Força Jovem localizado no SDS CONIC - a partir das 9h30
Mais informações: 2103-4038


 

 

Por Socorro Araújo



Leia Mais

Espaço conquistado com suavidade



 A luta das mulheres por igualdade profissional vem de longa  data. Melhores   salários, oportunidades parelhas às dos homens, mas, acima de tudo, respeito no  ambiente profissional.   Porém, apesar da participação da mulher no mercado de trabalho ter crescido nos últimos anos, ela continua a receber salário menor que o do homem.
                                                                                                      foto: Josemar Gonçalves
De acordo com a Pesquisa sobre Emprego e Desemprego  (PED) no Distrito Federal, divulgada pela Codeplan, em setembro, 59% dos desempregados eram do sexo  feminino. Esse percentual vem apresentando queda, porém, de forma pouco significativa, sendo  que em janeiro de 2011 estava na faixa de 61%.

Segundo a coordenadora do estudo, Adalgisa Amaral, é  preciso analisar os números com intervalos de tempo maiores. ”Ao olharmos as estatísticas mês a mês, realmente a queda será baixa. Mas se compararmos com os últimos 12 meses, por exemplo, veremos que a queda já é bastante expressiva”, explica.

Segundo a presidente  da  Codeplan, velise Longhi,  mesmo a mulher sendo maioria  entre a população brasileira  (51,3%),  respondendo  atualmente  por 48,8% dos postos de trabalho, ainda existe uma grande desigualdade salarial entre os sexos: as mulheres ganham 83%, em média, do que recebem os homens.

RENDIMENTO MÉDIO
O rendimento médio por hora trabalhada das mulheres passou de R$ 6,56 para R$ 6,72, enquanto o dos homens saltou de R$ 8,22 para R$ 8,94. As mulheres com ensino  superior recebem, em média, R$ 15,70 pela hora de trabalho, enquanto as que não têm curso superior recebem R$ 4,60 por hora. “Essas informações evidenciam que completar o Ensino Superior significa, de fato, alcançar postos mais qualificados e mais bem remunerados”, avalia Adalgiza.

Além do crescimento  quantitativo de mulheres no  mercado de trabalho,  a  pesquisa  também observou que outras oportunidades de inserção produtiva estão se abrindo para as mulheres mais escolarizadas.”Apesar da área da educação ainda ser o principal segmento a abrigar as trabalhadoras, cresceu a participação feminina no setor  de serviços especializados, como advogadas, contadoras e engenheiras, superando o setor de saúde”, reitera Adalgiza.

A coordenadora afirma ainda que falta compromisso do Estado em auxiliar as trabalhadoras. “Precisa mos conquistar políticas públicas. O Estado deve combater a discriminação e criar leis que protejam a mulher no trabalho. Além disso, é preciso que haja auxílios para elas, como creche e escolas integrais”.



Fonte: Jornal de Brasília
Edição: Socorro Araújo

Leia Mais

Clique na foto para saber mais