quarta-feira, novembro 16, 2011

Espaço conquistado com suavidade



 A luta das mulheres por igualdade profissional vem de longa  data. Melhores   salários, oportunidades parelhas às dos homens, mas, acima de tudo, respeito no  ambiente profissional.   Porém, apesar da participação da mulher no mercado de trabalho ter crescido nos últimos anos, ela continua a receber salário menor que o do homem.
                                                                                                      foto: Josemar Gonçalves
De acordo com a Pesquisa sobre Emprego e Desemprego  (PED) no Distrito Federal, divulgada pela Codeplan, em setembro, 59% dos desempregados eram do sexo  feminino. Esse percentual vem apresentando queda, porém, de forma pouco significativa, sendo  que em janeiro de 2011 estava na faixa de 61%.

Segundo a coordenadora do estudo, Adalgisa Amaral, é  preciso analisar os números com intervalos de tempo maiores. ”Ao olharmos as estatísticas mês a mês, realmente a queda será baixa. Mas se compararmos com os últimos 12 meses, por exemplo, veremos que a queda já é bastante expressiva”, explica.

Segundo a presidente  da  Codeplan, velise Longhi,  mesmo a mulher sendo maioria  entre a população brasileira  (51,3%),  respondendo  atualmente  por 48,8% dos postos de trabalho, ainda existe uma grande desigualdade salarial entre os sexos: as mulheres ganham 83%, em média, do que recebem os homens.

RENDIMENTO MÉDIO
O rendimento médio por hora trabalhada das mulheres passou de R$ 6,56 para R$ 6,72, enquanto o dos homens saltou de R$ 8,22 para R$ 8,94. As mulheres com ensino  superior recebem, em média, R$ 15,70 pela hora de trabalho, enquanto as que não têm curso superior recebem R$ 4,60 por hora. “Essas informações evidenciam que completar o Ensino Superior significa, de fato, alcançar postos mais qualificados e mais bem remunerados”, avalia Adalgiza.

Além do crescimento  quantitativo de mulheres no  mercado de trabalho,  a  pesquisa  também observou que outras oportunidades de inserção produtiva estão se abrindo para as mulheres mais escolarizadas.”Apesar da área da educação ainda ser o principal segmento a abrigar as trabalhadoras, cresceu a participação feminina no setor  de serviços especializados, como advogadas, contadoras e engenheiras, superando o setor de saúde”, reitera Adalgiza.

A coordenadora afirma ainda que falta compromisso do Estado em auxiliar as trabalhadoras. “Precisa mos conquistar políticas públicas. O Estado deve combater a discriminação e criar leis que protejam a mulher no trabalho. Além disso, é preciso que haja auxílios para elas, como creche e escolas integrais”.



Fonte: Jornal de Brasília
Edição: Socorro Araújo

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